O álbum atemporal que transformou o jovem artista em The Boss
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Bruce Springsteen idealizou o seu terceiro álbum, Born to Run (1975), como um ciclo de canções que dura um dia e uma noite – a gaita de “Thunder Road” faz o papel de despertador e “Jungleland” encerra os trabalhos. Entre essas músicas, há muito drama, com personagens marcantes se metendo em encrenca em becos escuros, onde lutam por liberdade – ou, pelo menos, por redenção.
“Eu sempre tento falar sobre o meu tempo da melhor maneira que posso.”
Os dois primeiros álbuns de Springsteen tinham histórias épicas repletas de personagens intensos. Em Born to Run (1975), ele finalmente conseguiu sintetizar essas histórias, deixando-as mais palatáveis. Anos mais tarde, ele disse que foi com a faixa-título que ele aprendera a combinar, de modo mais sucinto, força e emoção na letra e na música sem perder o impacto. Produzido como uma versão mais resoluta e fantástica do lendário “Wall of Sound” de Phil Spector, Born to Run é ao mesmo tempo estimulante, comovente, reflexivo e trágico – a obra em que Springsteen se consolidou como performer e compositor.