Um conjunto intricado de techno inovador e composição orquestral
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Björk começa Homogenic (1997) cantando que é “a caçadora” na assombrosa “Hunter”. O terceiro álbum da artista islandesa é um conjunto intricado de techno inovador e composição orquestral. A urgência das letras é real: a cantora foi profundamente afetada por uma série de incidentes pessoais, como o suicídio de um stalker que tentou matá-la com uma carta-bomba. Esta tensão se manifesta em faixas como a imponente “Bachelorette” (“Eu sou uma fonte de sangue/ Em forma de garota”) e “Jóga”, uma balada com dísticos sobre paisagens emocionais e estados de emergência.
“Foi a primeira vez que percebi que existia música sem gênero.”
O álbum logo ganhou fãs notórios: Thom Yorke disse que “Unravel” era uma das músicas mais bonitas que ele tinha ouvido – em 2007, o Radiohead fez um cover reverente dela – e o lendário estilista Alexander McQueen dirigiu o videoclipe de “Alarm Call” supostamente com tanto entusiasmo que esmiuçou suas ideias em cem páginas. Assim como esse clipe, Homogenic se tornou um clássico moderno, uma fusão marcante de arte eletrônica e orgânica, interpretada em um tom peculiar.