Um marco cultural com hinos gigantescos para cantar junto
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Noel Gallagher nem chegou a sofrer da chamada “síndrome do segundo álbum”: menos de um ano depois de Definitely Maybe (1994), ele gravou (What’s the Story) Morning Glory? (1995) com o irmão Liam. Se o primeiro álbum do Oasis tinha sido uma estreia surpreendente, este trazia hinos gigantescos para cantar a plenos pulmões em estádios.
E este não era um mero segundo álbum de uma banda de rock excelente. Era o auge do britpop, com atitudes, ambição e egos desmedidos – e os dos irmãos Gallagher eram os maiores de todos. Como conseguiram incluir tantos clássicos no mesmo álbum? Além de “Wonderwall” e “Don’t Look Back in Anger”, há a melancolia inspiradora de “Cast No Shadow”, a obra-prima cósmica “Champagne Supernova” e o som sujo e irresistível de “Morning Glory”, a faixa-título. É a história dos anos 90 condensada em 50 minutos.
O Oasis estava no topo do mundo e nada poderia detê-lo (só a própria banda poderia fazer isso, como o fez mais tarde). (What’s the Story) Morning Glory? abraçou o caos e o transformou em algo mágico.