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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

What’s Going On

Marvin Gaye

17

Clássico do soul prova que música política pode ser sedutora.

Quando ouviu a música pela primeira vez, Berry Gordy, fundador da Motown, teria dito que a faixa-título de What’s Going On (1971), de Marvin Gaye, era a pior coisa que ele já tinha ouvido. A música não tinha muita força e a letra era muito política. Mas se até Elvis cantou músicas de protesto (“In the Ghetto”, de 1969), por que Gaye não poderia?

“Ele captou o que estava acontecendo politicamente nos EUA.”

Elton John

A genialidade do álbum está na leveza. As músicas flutuam e respiram; a interpretação soa natural, até mesmo improvisada – o saxofone de Eli Fontaine na faixa-título, por exemplo, foi gravado enquanto ele achava que estava só se aquecendo. Se o grupo Sly & The Family Stone canalizava a sua raiva em um funk hostil (There’s a Riot Goin’ On, de 1971), Gaye a sublimava em seções de cordas exuberantes e percussão latina – sinal de suavidade, mas também de sofisticação. Gaye consegue voar mesmo diante da desolação, como em “Flyin’ High (In the Friendly Sky)” e “Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)”. O álbum mostrou que a música de cunho político não precisa ser necessariamente agressiva, ela também pode ser agradável e sedutora.

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Blue

Joni Mitchell

16

Um estudo de amor e perda, de modo íntimo e universal

Em 1971, quando lançou Blue, seu quarto álbum de estúdio, a canadense Joni Mitchell já tinha deixado para trás os palcos de Saskatchewan, província onde cresceu, e a cena folk de Toronto. Ela era presença constante em Laurel Canyon, centro da contracultura de Los Angeles, e tinha se tornado a cantora e compositora favorita de alguns dos principais cantores e compositores da época, como Graham Nash (com quem tinha sido casada e provável inspiração de “My Old Man” e “A Case of You”), David Crosby (produtor do primeiro álbum dela), Leonard Cohen e James Taylor.

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Blue marca um momento de transição na vida pessoal de Mitchell, que tinha acabado de se separar de Nash e estava apaixonada por Taylor. Portanto o álbum é um retrato do coração de Mitchell naquele momento, mas também é uma obra que explora o amor e a perda em um sentido mais amplo, como em “Little Green”, uma ode à filha que ela deu para adoção, algo que ela só revelaria nos anos 90. Prova incontestável do talento de Mitchell, Blue mostra a disposição da cantora em compartilhar as suas verdades mais íntimas.

Blue, por Joni Mitchell