A rainha do soul finalmente ganha o respeito que merece
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Quando Aretha Franklin decidiu se dedicar à música secular, depois de começar a carreira como cantora gospel, ela sabia que seria uma artista crossover. Ela até assinou com John Hammond, da Columbia Records, o guru que descobriu Bob Dylan e que mais tarde contrataria Bruce Springsteen.
Na Columbia ela lançou nove álbuns até se transferir para a Atlantic Records, na qual trabalhou com o lendário produtor Jerry Wexler, que, com o parceiro Ahmet Ertegun, gravou os maiores artistas de R&B dos anos 50 e 60. O primeiro álbum dela na Atlantic, I Never Loved a Man the Way I Love You (1967), começa com a música que se tornaria a marca registrada da cantora, a versão definitiva de “Respect”, de Otis Redding, que teve que reconhecer – e respeitar – a sua superioridade.
“Eu adoro que [em “Respect”] ela não está apenas pedindo respeito, ela está exigindo respeito. Ela era mesmo a rainha.”
Era a sonoridade certa para a artista certa no momento certo e com as músicas certas, muitas coescritas por ela, como “Dr. Feelgood (Love Is Serious Business)”, “Baby, Baby, Baby” e “Don’t Let Me Lose This Dream”. Depois de anos na indústria da música, Franklin finalmente teve o seu primeiro grande sucesso e se tornou a Rainha do Soul.