Selecionar um país ou região

África, Oriente Médio e Índia

Ásia‑Pacífico

Europa

América Latina e Caribe

Estados Unidos e Canadá

Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

Sign O’ the Times

Prince

51

Prince incorpora suas contradições em um dos álbuns mais completos do pop

Sign O’ The Times (1987) não é apenas o álbum mais completo de Prince, é um dos álbuns mais completos do pop. Tudo o que ele explorou nos primeiros dez anos de carreira está aqui: R&B, soul, rock e gospel, vinhetas estilo Beatles (“Starfish and Coffee”, “The Ballad of Dorothy Parker”) e funk carnal (“U Got the Look”) – tudo solo, sem a banda The Revolution. Ele é tão contemporâneo e político quanto o rap (“Sign O’ The Times”) e tão clássico quanto uma balada doo-wop (“Adore”) – e é essa música minimalista, mas altamente expressiva, que se torna sinônimo de Prince.

Sagrado como em “The Cross” e profano como em “Hot Thing”, além de festivo, intimista, brincalhão e sério, Prince incorpora as suas contradições em vez de resolvê-las. E ao fazer isso ele abre espaço para a sua personalidade. Os homens negros não podiam ser tão sensíveis e esquisitos assim – aliás, nem os homens brancos. Sign O’ The Times é a obra-prima de Prince, um superstar que estava no auge.

Conteúdo não disponível na sua região

Hounds of Love

Kate Bush

50

Uma mistura incomparável de pop e som de vanguarda

Se os primeiros dois álbuns de Kate Bush mergulharam no art-rock dos anos 70, a quinta obra da cantora e compositora britânica, lançada em 1985, não apenas refletiu sua era, mas ajudou a defini-la. Poucas músicas evocam tão bem a sonoridade do pop oitentista como a eterna “Running Up That Hill (A Deal With God)”, com sua bateria fechada, batida quase dançante, efeitos vocais atmosféricos e melodia carregada de sintetizadores. Além disso, poucos álbuns fizeram tão bem o trabalho de levar a ambição do rock progressivo rumo à nova era digital.

“A voz dela era tão linda, a ponto de eu acreditar que, se conseguisse cantar com ela e alcançar as mesmas notas, então eu teria uma mínima chance de ser uma cantora de verdade um dia.”

Alanis Morissette

Dividido em duas suítes, o álbum debate grandes temas – o abismo entre homens e mulheres, a força do amor materno, a natureza dos sonhos –, com a voz de Bush como um dos seus instrumentos mais potentes, alcançando, ao mesmo tempo, ternura e fúria. Em 1985, não tinha nada parecido na música. De certa forma, desde então, nada chegou perto da sua mistura de pop grudento e sonoridade vanguardista. Mas Hounds of Love também abriu um novo mundo a ser explorado, com gerações de artistas – Björk, Fiona Apple, Tori Amos, Joanna Newsom, para citar alguns nomes – seguindo os passos de Bush.