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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

Kind of Blue

Miles Davis

25

O álbum fundamental que mudou os rumos do jazz

Nos anos entre a dissolução do primeiro grande quinteto de Miles Davis e a formação do segundo, o mestre do trompete se aventurou em algo novo em 1959 – sem saber que se tornaria um dos maiores álbuns de jazz da história. As progressões aceleradas do bebop e do pós-bop exigiam que os improvisadores superassem barreiras, algo que Davis sabia bem como o sucessor de Dizzy Gillespie no Charlie Parker Quintet. Mas em Kind of Blue, os períodos entre os acordes eram mais longos, abrindo espaço na música, dando ao solista a oportunidade de tomar um fôlego.

“Até hoje a gente escuta Kind of Blue como se fosse o álbum de jazz mais moderno de todos os tempos.”

Stephan Moccio

Mesmo quando Miles baixou a temperatura, ele introduziu novas texturas e cores tonais, se inspirando no pensamento harmônico de Gil Evans e George Russell – ou até mesmo de Debussy e Satie. Neste sentido, o álbum foi uma espécie de continuação de Birth of Cool, gravado dez anos antes e, talvez, um prenúncio do etéreo In a Silent Way, lançado dez anos mais tarde. Duas baladas marcantes, “Blue In Green” e “Flamenco Sketches”, são exemplos fundamentais do trabalho de Davis com a surdina de trompete Harmon, produzindo uma sonoridade metálica e intimista que, desde então, tem sido reverenciada por diversos trompetistas de jazz.

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The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars

David Bowie

24

Um álbum subversivo e conceitual muito à frente do seu tempo

O conceito por trás do quinto álbum de David Bowie – a história de um alien rockstar e decadente – foi revolucionário, mas a subversão está na música: indecente, mas glamourosa (“Moonage Daydream”, “Suffragette City”), teatral, mas intimista (“Five Years”), primordialmente punk (“Hang on to Yourself”) e um show de cabaré para um público que nunca se renderia (“Rock ’n’ Roll Suicide”). Bowie fala de si mesmo na terceira pessoa, mas é tão arrogante que seus fãs o matam (“Ziggy Stardust”), tão delirante que acha que o rock pode salvar o mundo e tão corajoso que está disposto a morrer tentando (“Star”). O artifício o derruba – mas também o liberta.

O álbum ajudou a desconstruir o binarismo sobre gênero, sexualidade, performance e identidade. Mas também foi fundamental para ampliar o vocabulário do rock mainstream de modo geral, inspirando-se em conceitos do underground. Chamá-lo de volúvel ou pouco autêntico é não entender a proposta: assim como Andy Warhol, Bowie tratava sua arte em partes como uma síntese dos seus interesses. Apesar de todo o seu radicalismo na época, Ziggy Stardust também apontava para um futuro referencial e hiperconectado – bastante familiar para nós.

“Esta era a música do Bowie sobre Jimi Hendrix. A primeira vez que ele viu Jimi Hendrix em Londres, todo mundo odiava o Jimi, mas ele estava tão aberto que pôde admitir o que estava acontecendo e criar um sucesso em cima disso, cara.”

Q-Tip

sobre “Ziggy Stardust”

The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars, por David Bowie