Um épico psicodélico em que o rock se fundiu com o eletrônico
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Mesmo comparado a grandes álbuns de rock da época, The Dark Side of the Moon (1973) marcou uma mudança: em vez da extroversão embriagada de bandas como The Rolling Stones, o Pink Floyd optou por algo mais introspectivo. O álbum também é o retrato da evolução da banda, que conseguiu explorar grandes temas – ganância (“Money”), loucura (“Brain Damage”, “Eclipse”), guerra e divisão social (“Us and Them”) – ao combinar experimentalismo, concisão e clareza. A mensagem era facilmente compreensível.
Curiosamente, The Dark Side of the Moon, um dos álbuns mais notáveis da história do rock, tem pouco rock. Mesmo quando a banda mandava ver, como em “The Great Gig In the Sky”, que viralizou no TikTok, a ênfase estava mais na textura e na sensação. O álbum estabeleceu um precedente para viajantes sofisticados e pós-psicodélicos como Tame Impala e o Radiohead de OK Computer e ainda marcou a fusão total do rock com o eletrônico, um híbrido ainda vibrante mais de 50 anos depois.
“Toda vez que ouço este álbum, me sinto como se estivesse sendo transportado. Retrata perfeitamente o que é flutuar na gravidade zero olhando pela janela de uma nave espacial.”