O álbum de estreia que transformou o rap sobre o crime em arte
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Ao chamar o seu primeiro álbum de Ready to Die (Pronto para Morrer, de 1994), Christopher Wallace resumiu o seu estilo destemido e a sensação de que ele poderia morrer a qualquer momento. Biggie Smalls não foi o primeiro a fazer rap sobre os prazeres e as armadilhas do tráfico de drogas, mas ele transformou isso em uma arte divina e brutalmente sincera.
Da autobiográfica “Things Done Changed” em diante, o jovem de 22 anos fala sem firulas sobre o crime e a cultura do Brooklyn, Nova York. O preço da ilegalidade fica evidente em “Gimme the Loot”, um hino da criminalidade, e “Suicidal Thoughts”, que termina com o som dele se matando.
Nesse cenário de violência e morte, Big também trata de aspiração e confiança. No sucesso “Juicy”, ele declara o seu amor pelo hip-hop de modo profundamente pessoal, tão exemplar que poucos chegaram perto de igualá-lo desde então. Rimas com gírias de traficante suavizadas por uma produção polida formam o modelo que JAY-Z, 50 Cent e grandes nomes do rap seguem até hoje.
“Ready to Die resiste à prova do tempo porque a história ainda é a mesma.”