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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

Enter the Wu-Tang (36 Chambers)

Wu-Tang Clan

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Batidas suaves e rimas pesadas: a obra-prima do Wu-Tang Clan

Em 1993, o Wu-Tang Clan era uma alternativa sombria e violenta ao cinema gangsta barroco do g-funk: se o groove exuberante e potente de Dr. Dre era O Exterminador do Futuro 2, a produção sangrenta e distorcida de RZA no primeiro álbum do grupo seria Cães de Aluguel. Oriundo de Staten Island, o bairro menos famoso de Nova York, o grupo fazia um som que existia na sua bolha: breaks corrosivos de soul, trechos de filmes antigos de kung fu, linhas de teclado distendidas, fita cassete com ruídos e estalos.

O Wu-Tang Clan surgiu como grupo de nove integrantes numa época em que os grupos eram pequenos, pós-MTV, com uma mistura de vozes e estilos: a violenta poesia beat de Raekwon, Ghostface Killah e Inspectah Deck; o vocal ágil e imprevisível de Ol’ Dirty Bastard; o flow científico de GZA e Masta Killa; a produção barulhenta de RZA; a aspereza de U-God; e a manha de Method Man, que se destacava na faixa que leva o seu nome.

Uma foto do Wu-Tang Clan.

Ainda que faixas melancólicas como “Can It Be All So Simple”, “C.R.E.A.M.” e “Tearz” tenham um caráter evocativo, o Clan fornece poucas brechas que revelam a mitologia e a poesia do grupo. O distúrbio singular que eles causaram abriu o caminho para rappers do calibre de Odd Future, Logic, Pusha T e Young Thug.

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BEYONCÉ

Beyoncé

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Queen B se inspira no pop e o refaz à sua imagem e semelhança

Em dezembro de 2013, o quinto álbum de Beyoncé chegou de surpresa ao iTunes e provocou um terremoto no universo do pop. Um dos maiores nomes da música dispensava a tradicional campanha de lançamento de uma obra importante, estratégia que passou a ser mais comum desde então. Mas, independentemente de como fosse lançado, BEYONCÉ seria um sucesso marcante: a cantora se empenha artística e emocionalmente ao tratar de inseguranças, sexualidade e felicidade nas 14 faixas que revelam a força e versatilidade da sua voz.

No começo dos anos 2010, faixas mais electro-pop passaram a ocupar as rádios e as paradas de sucesso, até então dominadas por Beyoncé e artistas do R&B nos anos 2000. Em BEYONCÉ, a cantora e empresária mostrou que ela ainda fazia parte da elite do pop – e ela fez isso escrevendo um novo manual do gênero.

“Eu estava trabalhando contra o tempo, tentando decifrar o código Beyoncé.”

Ryan Tedder

produtor

BEYONCÉ teve convidados de peso, como Drake em “Mine” e Frank Ocean em “Superpower”, produzida por Pharrell Williams. Mas a vontade de Beyoncé de explorar os limites da música fez com que o álbum existisse no seu próprio universo, atento às tendências do pop, mas divergindo delas de modo empolgante. BEYONCÉ representa um grande divisor de águas para Beyoncé, que passaria a definir o rumo do pop à sua maneira.

BEYONCÉ, por Beyoncé