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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

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Take Care

Drake

47

O rapper que abriu caminhos com sua vulnerabilidade e estilo de cantar

Segundo álbum de estúdio de Drake, Take Care (2011) é um atestado da teoria de que a boa arte demanda tempo. Após sua estreia, Thank Me Later – álbum que o próprio artista achou que foi feito às pressas –, ele convocou o gênio musical Noah “40” Shebib para mergulhar na sonoridade de Toronto da qual eles próprios foram pioneiros: o suave ponto de encontro do rap com o R&B que definiu a aclamada mixtape So Far Gone, de 2009.

Deu certo. Embora Drake tivesse nada mais do que 20 e poucos anos na época, o ator infantil que se tornou rapper já dominava a própria identidade. Em vez de exalar uma imagem fabricada do que uma estrela do rap “deveria” ser, Drake foi 100% autêntico em faixas como “Marvins Room”, um hit que virou a ligação bêbada da madrugada mais ouvida no mundo todo.

“Temos que fazer jus a um certo padrão. E temos um histórico deste legado que precisamos proteger sempre.”

Drake

Em “Headlines”, um dos grandes momentos pop de Take Care, ele conta ter sido motivado por algumas das reações a Thank Me Later: “I had someone tell me I fell off/ Ooh, I needed that.” [em tradução livre: “Alguém me disse que eu não mandei bem/ Ahh, eu precisava disso”]. Foi essa honestidade que permitiu a Drake conquistar o mundo com o seu estilo de cantar rap, tornando-se uma espécie de onipresença cultural e inaugurando uma onda de hip-hop comercial envolto em vulnerabilidade.

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Exodus

Bob Marley & The Wailers

46

Um marco do reggae sobre a esperança em tempos sombrios

Nos anos que antecederam a gravação do nono álbum de Bob Marley, no início de 1977, a Jamaica sofreu ondas devastadoras de violência política. Gangues e grupos paramilitares filiados aos dois principais partidos do país – o Partido Trabalhista da Jamaica e o Partido Nacional do Povo – causaram, entre eles, centenas de mortes. Marley entrou em cena para tentar aliviar o clima com o Smile Jamaica Concert, pouco antes das eleições no país, em dezembro de 1976. Mas, dois dias antes do show, o cantor acabou levando um tiro durante um ataque à sua casa – ele se apresentou mesmo assim.

Exodus retrata a tensão entre a esperança de que tudo vai acabar bem e o medo crescente de que isso não aconteça. Marley gravou o álbum durante um exílio autoimposto em Londres, uma distância que evocou seu otimismo sobre a Jamaica com certa cautela. Embora a política estivesse no centro da atenção pública, as músicas mais inspiradoras e com vocação para levantar os ânimos de Exodus tratavam de temas pessoais, românticos e espirituais: “Three Little Birds”, “Waiting In Vain” e a emblemática “One Love / People Get Ready”.

Exodus é o álbum mais inovador do Bob e da banda em termos do que representou para eles como artistas e para a música em geral. É um som revolucionário.”

Ziggy Marley

Exodus, por Bob Marley & The Wailers