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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

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The Velvet Underground & Nico

The Velvet Underground & Nico

60

Uma obra-prima crua e honesta que ainda soa revolucionária

Quando The Velvet Underground & Nico saiu, em 1967, o álbum fazia parte de um momento que incluía a poesia beatnik, pop art e cinema new wave francês – movimentos que derrubaram mitos sobre o conhecimento especializado e colocaram a arte nas mãos de quem quer que estivesse disposto a fazê-la. O álbum pode ser barulhento e contestador (“European Son”, “The Black Angel’s Death Song”), mas também pode ser doce (“I’ll Be Your Mirror”). Mesmo quando os temas vão ganhando tonalidades mais sombrias, a banda não deixava a música difícil demais de digerir (“Heroin”, “I’m Waiting for the Man”).

Brian Eno disse na época que, mesmo não tendo vendido muitas cópias, todo mundo que comprou o álbum formou uma banda. A frase famosa se referia, é claro, à influência da música. Mas Eno poderia também estar falando da ousadia por trás da produção de The Velvet Underground & Nico: Lou Reed e sua turma não pareciam pessoas normais, mas também não pareciam profissionais. Em um tempo em que a contracultura norte-americana estava deslizando em direção à psicodelia, ao "Verão do Amor" e a ideias sonhadoras sobre como o mundo deveria ser, eles abraçaram uma honestidade que ainda soa revolucionária.

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AM

Arctic Monkeys

59

O segundo auge da banda que soube evoluir sem perder sua essência

Dá para imaginar AM (2013) como um álbum que o Arctic Monkeys construiu cuidadosamente ao longo de meia década. Existe ali uma vontade de se distanciar do som de uma banda de garagem e de combinar riffs setentistas no melhor estilo Black Sabbath com a produção elegante dos álbuns do Dr. Dre que eles ouviam juntos na adolescência. Desta vontade nasceu um dos trabalhos mais inovadores da ainda jovem carreira da banda – uma mistura hipnotizante de rock sofisticado e rítmico com a ginga do R&B.

“Este álbum recomeçou a coisa toda.”

Alex Turner

Arctic Monkeys

A abertura do álbum – e seu cartão de visita – “Do I Wanna Know?” condensa todas as intenções de AM: ganchos comoventes e riffs agudos sobre uma batida ao mesmo tempo potente e minimalista. O Arctic Monkeys já tinha feito um dos álbuns de estreia mais empolgantes de todos os tempos, Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, de 2006. Sua segunda obra-prima, de alguma forma, eclipsou a anterior, trazendo a valiosa lição de como uma banda pode evoluir e experimentar coisas novas sem sacrificar sua essência.