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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

The Queen Is Dead

The Smiths

66

Músicas para rir ou chorar – e tudo na mesma faixa

Morrissey já aspirava ser o Oscar Wilde da música pop, mas foi só no terceiro álbum do grupo The Smiths que ele se provou um candidato de peso para o título. A reação química única entre sua desolação perpétua e os acordes da guitarra de Johnny Marr é uma fórmula do indie rock bastante imitada, mas nunca duplicada – músicas sobre a infelicidade que também são bem-humoradas.

The Queen Is Dead (1986) ainda ocupa o posto de álbum mais dramático – ou talvez melodramático – da banda, explorando as inquietações de Moz sobre todas as coisas, da fama (“Frankly, Mr. Shankly”) ao celibato (“Never Had No One Ever”) e ao seu arsenal ilimitado de autopiedade (“Bigmouth Strikes Again”, “The Boy with the Thorn In His Side”). Ele até proclama saber “como Joana d'Arc se sentiu”.

Essa autoparódia funciona muito bem na incrivelmente romântica “There Is a Light That Never Goes Out”, em que Morrissey canta sua grande declaração de amor: “If a double-decker bus crashes into us/ To die by your side is such a heavenly way to die” [em tradução livre: “Se um ônibus de dois andares batesse na gente/ Morrer ao seu lado seria um jeito tão divino de morrer”]. Provavelmente, nunca houve uma banda tão abertamente confessional e tão voluntariamente sincera e irreverente.

“Os Smiths cruzaram girl groups com electro, acredite se quiser.”

Johnny Marr

The Smiths

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3 Feet High and Rising

De La Soul

65

Um cartão de visitas de 63 minutos do futuro peculiar do hip-hop

Transmitindo ao vivo de Marte – ou, mais especificamente, do subúrbio de Long Island –, o De La Soul já surgiu maduro em 1988, com “Plug Tunin’”, um doze-polegadas que misturava jogos de palavras com os samples mais matadores que o hip-hop já tinha visto. Na sequência, em 3 Feet High and Rising (1989), seu álbum de estreia, Trugoy the Dove, Posdnuos, DJ P.A. Pasemaster Mase e o produtor Prince Paul conceberam um espirituoso cartão de visita de 63 minutos do futuro peculiar do hip-hop. Eles eram os excluídos antes do Outkast e as raízes antes do The Roots.

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Sem apego a gêneros na busca por tesouros escondidos da música, o De La Soul enriqueceu o hip-hop com atmosferas alienígenas e novas texturas, em vez de apenas colagens de James Brown e Funkadelic (apesar de as melodias elásticas do Funkadelic serem a espinha dorsal de “Me Myself and I”, o único Top 40 da banda nos EUA). Esse caldeirão incluiu Schoolhouse Rock!, Steely Dan, gravações com aulas de francês, Johnny Cash e uma fita cassete do Liberace que eles encontraram no estúdio. E a poética descontraída do grupo quebrou e transformou frases em nuvens expressionistas que variavam entre poesia pura e nonsense inspirado. Orgulhosamente excêntricos, pregando sua mensagem de autoafirmação e vestidos com medalhões africanos em vez das grandes correntes de ouro, eles foram o modelo boêmio de rappers alternativos durante muitos anos.

3 Feet High and Rising, por De La Soul