Selecionar um país ou região

África, Oriente Médio e Índia

Ásia‑Pacífico

Europa

América Latina e Caribe

Estados Unidos e Canadá

Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

Norman F*****g Rockwell!

Lana Del Rey

79

Ela usa tons de honestidade e sátira, nos desafiando a descobrir a diferença entre as duas coisas

Escondidos ali no meio das paisagens oníricas de Lana Del Rey sobre Hollywood e os Hamptons estão lembretes – e celebrações – do quanto esses lugares podem ser vazios. Perspicaz e vibrante, Norman F*****g Rockwell! (2019) é o tratado definitivo sobre as regras de autenticidade de uma artista que fez carreira as quebrando. Del Rey usa tons de honestidade e sátira, nos desafiando a descobrir a diferença entre as duas coisas.

A faixa que encerra o álbum, “hope is a dangerous thing for a woman like me to have – but I have it”, é embalada por uma narrativa confessional – em primeira pessoa, reflexiva e com os vocais sobre acordes de piano simples –, mas é também extravagante e cinematográfica, costurando referências a [escritora] Sylvia Plath com anedotas sobre a própria vida, nos fazendo questionar, mais uma vez, o que é real. Quando Lana repete a frase “a woman like me” [“uma mulher como eu”], parece uma provocação: ela passou a última década misturando personagens – marginal e ídolo pop, debutante e bruxa, pin-up e poeta, pecadora e santa – em um esforço para torná-las controversas. Agora, ela sugere uma ideia ainda mais ousada: a única coisa mais perigosa do que uma mulher complicada é uma mulher que se recusa a desistir.

“Ela é tão misteriosa. Às vezes acho que entendo o que ela está dizendo… mas aí você quase tem a sensação de que não a aguenta.”

Miranda Lambert

Conteúdo não disponível na sua região

Goodbye Yellow Brick Road

Elton John

78

Um retrato eclético de Elton John no auge de seu talento

Depois de pular das orquestrações luxuosas de “Your Song” e “Levon” para o clima de boteco de “Honky Cat” e “Crocodile Rock” em menos de três anos, Elton John vislumbrou a oportunidade perfeita para criar sua grande obra juntando todos os seus impulsos musicais. O álbum duplo Goodbye Yellow Brick Road (1973) consolidou não apenas seu ecletismo voluntarioso, mas também a disposição do seu público de seguir qualquer caminho que ele decidisse tomar. O resultado é o maior sucesso comercial e de crítica do artista – um álbum com faixas que parecem, à primeira vista, uma antologia de melhores hits.

A sequência de abertura é uma espécie de mistura do início da carreira com o auge comercial e artístico de Elton John, combinando estas oscilações musicais distantes com as composições cada vez mais cinemáticas e conceituadas de Bernie Taupin. O hit fundamental “Funeral for a Friend / Love Lies Bleeding” dá espaço a uma homenagem a Marilyn Monroe em “Candle In the Wind” e atinge o clímax com toda a pompa “eltônica” em “Bennie and the Jets”. Diversas músicas (como a faixa-título e “Saturday Night’s Alright for Fighting”) se tornaram clássicos, enquanto outras mereciam mais atenção do que receberam – provavelmente porque Goodbye Yellow Brick Road transborda material de primeira.

Goodbye Yellow Brick Road, por Elton John