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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

My Life

Mary J. Blige

86

Gospel, graça e garra são os ingredientes fundamentais da obra-prima da rainha do hip-hop soul

No álbum de estreia de Mary J. Blige, What’s the 411?, a recém-descoberta “rainha do hip-hop soul” transbordava um R&B confessional com uma sensibilidade hip-hop jovial. Já no segundo álbum, o estrondoso My Life, de 1994, a artista com então 23 anos trouxe uma narrativa ainda mais pessoal, expondo sua depressão, a luta contra o vício em drogas e álcool, a violência doméstica da qual foi vítima, o rompimento doloroso e, sobretudo, a fortaleza espiritual que a carregou nesses tempos sombrios. E, no meio de tudo isso, Blige ainda tentava processar sua mudança de vida repentina – dos conjuntos habitacionais de Yonkers, Nova York, para a fama mundial.

Chucky Thompson, integrante do coletivo de produtores Hitman, da Bad Boy Records, amarrou os beats com samples de funk e hits dos seus contemporâneos do hip-hop. Do outro lado, Blige adicionou graça e garra ao ritmo do gospel. Essa estética alcança seu auge na sublime “My Life”: aqui, a cantora trouxe camadas de melancolia e de uma esperança com muitas reservas sobre o sample de “Everybody Loves the Sunshine”, de Roy Ayers. Mas o álbum encontrou sua verdadeira intenção na última faixa, “Be Happy”: “All I really want is to be happy” [“Tudo o que quero é ser feliz”], canta Blige sobre um slap no baixo tirado de “You're So Good to Me”, de Curtis Mayfield. “I don’t wanna have to worry about nothin’ no more” [em tradução livre: “Eu não quero mais ter que me preocupar com nada”].

“Eu estava tentando me curar. Eu vivi um inferno. Quando lancei o álbum, ele deu início a um movimento.”

Mary J. Blige

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Golden Hour

Kacey Musgraves

85

A obra-prima do country que expandiu e reimaginou as possibilidades do gênero

Todo mundo foi pego de surpresa, inclusive a própria Kacey Musgraves – cuja expressão de choque até virou meme depois que ela venceu o GRAMMY na categoria Álbum do Ano por Golden Hour (2018). Xodó de Kacey, o álbum é um projeto dedicado a novos amores, criado com uma nova equipe de produção (Ian Fitchuk e Daniel Tashian), um pouquinho de LSD e gravado no estúdio em cima do estábulo de Sheryl Crow. E esse xodó catapultou Kacey do status de queridinha da crítica para o estrelato mundial.

Golden Hour é uma obra-prima de country pop etéreo – algumas vezes psicodélico, outras vezes disco, mas sempre sustentado pelo vocal afiado e comovente de Musgraves. “Slow Burn”, com o dedilhado de abertura em tom menor, conduz as antigas inclinações acústicas da cantora para um caleidoscópio de novas sonoridades. “Space Cowboy” é a balada country perfeita; o encerramento do álbum, “Rainbow”, é um abraço acolhedor na juventude queer, reafirmando o comprometimento de Musgraves com esta comunidade. Em suas mãos, a música country expande os limites da imaginação – e a artista estende o convite para quem quiser se juntar a ela na jornada.

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Golden Hour, por Kacey Musgraves