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Apple Music: 100 Melhores Álbuns

Esta é uma imagem da capa do álbum “@@album_name@@”, por @@artist_name@@.

Untrue

Burial

94

Bruto, mas ainda gentil, um clássico instantâneo da música eletrônica do Reino Unido

Lançado em 2007, Untrue imediatamente se tornou um clássico da música eletrônica do Reino Unido, ajudado pela mística envolvendo o anonimato de Burial (até hoje, William Emmanuel Bevan raramente concede entrevistas). O álbum é bruto sem ser abrasivo, com vocais ao estilo house que oferecem gentileza ao peso do baixo. A segunda faixa do álbum, “Archangel”, é talvez uma das faixas mais identificáveis da música eletrônica, na qual, com uma voz soprano afinada, ele canta basicamente: “Holding you/ Couldn’t be alone/ Couldn’t be alone/ Couldn’t be alone” [em tradução livre: “Abraçando você/ Não poderia estar só/ Não poderia estar só/ Não poderia estar só”]. (Aparentemente, Bevan compôs e produziu a música em 20 minutos, após a morte do seu cachorro).

Em boa parte de Untrue, Bevan nos dá a sensação de que tentou triangular o som do isolamento após o anoitecer. Ele compôs e produziu o álbum durante a noite, insistindo em começar a trabalhar muito depois do pôr do sol. Faixas como “In McDonalds” e “Homeless” são indicativos dessa abordagem: elas evocam algo silenciosamente desolador, tanto nos seus títulos quanto nas suas composições. O resultado é uma música eletrônica profundamente humana e impactante.

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A Seat at the Table

Solange

93

Arte que cura e digna de museu, baseada na experiência da mulher negra – especialmente na dela própria

“Fall in your ways so you can wake up and rise” [em tradução livre: “Caia à sua maneira, para que você possa acordar e se reerguer”], canta Solange na primeira faixa do seu terceiro álbum, A Seat at the Table (2016). A frase resume a jornada da artista, então com 30 anos – anteriormente mais conhecida como a irmã mais nova de Beyoncé Knowles –, voltando de um hiato e recebendo o devido reconhecimento como uma legítima visionária.

“Veja o controle que ela tem, a força das nuances, do silêncio. Isso é tão poderoso quanto um buzinaço em alto volume.”

Lizzo

Em faixas como “F.U.B.U.”, ela foca no empoderamento negro; em “Don’t Wish Me Well”, externaliza as dores pessoais do amadurecimento e o que é deixado para trás. Oito interlúdios conectam suas histórias, com narrações de seus pais, Mathew e Tina Knowles, e de Master P. Outras colaborações incluem Lil Wayne, Sampha, The-Dream e Raphael Saadiq, que inicialmente enviou para Solange a versão instrumental do que se tornaria “Cranes in the Sky” e que acabou produzindo oito faixas do álbum. O conjunto de 21 músicas é arte que cura e digna de museu, baseada na experiência da mulher negra, indissociável das próprias dificuldades e triunfos de Solange.

A Seat at the Table, por Solange